sábado, 5 de junho de 2010




Era uma vez um rapaz alto e esbelto. Este rapaz tinha um ar de alguém sensato e transmitia paz a toda a gente, pela sua responsabilidade e calma. Sim, a sua calma devia ser a sua maior característica e, talvez por esse motivo toda a gente se sentia bem ao pé dele. O rapaz podia ser considerado como um modelo da perfeição: cabelos escuros, lábios carnudos, face simétrica, ombros largos. Este rapaz era lindo sem dúvida, mas o que atraía todas as atenções eram os seus olhos deslumbrantes, semelhantes ao firmamento estrelado. À primeira vista os seus grandes olhos são azuis mas, se olhares com atenção, verás que ele possui o mundo lá dentro. Eu olhei, e olhei com muita atenção, e o que observei deixou-me simplesmente encantada. Mais tarde olhei com mais atenção ainda, e entendi porque este rapaz me cativa tanto. Ele era de uma simpatia enorme, pronto a ajudar quem precisasse, sem descriminar ninguém em nenhuma ocasião. Podia mesmo ser considerado como amigo do seu inimigo. Talvez por isso seja tão especial. É a ajuda que todos os dias aconselha a acordarmos e não desistir de viver, por mais injustiças que haja, por mais barreiras que se nos deparem, por mais problemas e obstáculos que apareçam.
Certo dia apareceu uma menina. Essa menina não era mais do que um objecto para todos. Sentia-se só no mundo. Mas o rapaz estendeu-lhe a mão e, apenas com um sorriso mostrou-lhe que ela não estava só e que iria tudo ficar bem. E a menina olhou para ele e depois para os seus olhos e viu o mundo lá dentro; e percebeu que podiam construir um somente deles. Ela estava magoada mas ele sarou as suas feridas e construiu com ela uma amizade. Uma amizade tal que nem a maior tempestade pode separar.
E a amizade de ambos persiste ainda hoje, resistente ao tempo e a todas as tempestades que possam vir a aparecer.

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