terça-feira, 31 de maio de 2011

Capuchinho vermelho


Capuchinho vermelho a dar uma tareia ao lobo mau e a manda-lo borda fora! 8D
Escrito, montado e representado por Maria Vieira. :)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Sangue.

Sangue. O doce som de lágrimas a escorrer pelas faces aleatórias de quem matei. Lembranças que me põem um sorriso na cara. Um corvo da morte lá fora espera por mim, empoleirado naquele espantalho, que em tempos fora um Homem de família. Posso afirmar que me sirvo das pessoas. De uma forma demasiado literal. Estranha, esquecida, estudo os puzzles que são as vidas das pessoas. Alimento-me das suas dores, dos seus sonhos corrompidos, dos seus desejos jamais cumpridos, tal como a homicida passiva que eu sou.
Nunca me inseri na sociedade. Sou uma enviada da escuridão com sede de sangue, revoltada, em busca de vingança. Na decadência em que vivo e sobrevivo não há tempo para a redenção. O cheiro pútrido a morte enche os pequenos compartimentos onde nós, os enviados, nos alimentamos das nossas vítimas. Não importa o quão mau esta imagem te pareça, é pura verdade. Por isso não fujas. Não chores. Não grites. Ou melhor grita, grita o mais que puderes. Conforta-me com uma doce melodia para os meus ouvidos, com uma doce tentativa de me chamares à razão...ou de me aclamares HOMICIDA! Por um momento sentir-me-ei tentada a deixar-te sair. A deixar-te escapar desse teu destino. Mas por um momento apenas. Depois serás meu. Conforta-me com os teus gritos, pois por um momento saberei que não estou só neste mundo que me atormenta pela eternidade.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O que eu quero.

Sou um ser tão contraditório que até mete impressão. Sou instável e odeio isso em mim. Adoro dançar. Adoro gritar em lugares desertos e rir até me doer o estômago. Adoro sorrir a olhar o céu e pensar que apesar de pequena faço uma enorme diferença. Adoro ouvir a minha música e andar de autocarro sem destino. Adoro o tom de surpresa que me é reservado. Odeio o frio. Adoro meter a cabeça debaixo de água e boiar, apreciando o silêncio. Ou então meter-me dentro de uma banheira e ficar lá, só com o nariz e a boca à superfície, durante horas a fio, até gelar. Fecho as persianas e sento-me num canto escuro do quarto em silêncio. Fico dias e noites assim. Adoro vestir cores garridas e saltar enquanto ando. Por vezes só o negro me acalma. Odeio ter de gritar para a minha almofada por vezes à noite e não poder dizer tudo o que sinto acerca de algumas coisas. Odeio pessoas que faltam aos compromissos. Odeio quem não sabe pedir desculpa. Odeio que eu não saiba pedir desculpa. Odeio o facto de ter medo dos compromissos. Nem na escola os consigo cumprir. Odeio o facto de não ter as oportunidades que mereço. Odeio o calor. Adoro deitar-me na relva e ficar eternidades a olhar as nuvens. Adoro beber. Adoro o que faço. Adoro a magia que provoco em certas pessoas. Adoro ser mimada (quem não adora?). Adoro a noite. Adoro andar de moto (ahahah, este é recente). Adoro correr e sentir o vento no cabelo. Adoro a liberdade que umas sapatilhas me dão. Adoro a sensualidade que uns saltos me oferecem. Odeio a prisão em que me pus. Odeio algumas decisões que tomei. Arrependo-me de ter feito 80m planos no dia 4 de Abril de 2009. Odeio ter saltado aquelas barreiras. Adoro a AEM e adoro o espírito de lá. Adoro teatro e adoro poder fingir ser quem não sou. O problema é que no fim do dia sou eu mesma e só posso contar comigo mesma. Porque no fim de contas só eu me salvo e da vida real eu não me posso esconder. Nem posso fingir ser outro alguém. Infelizmente.

domingo, 22 de maio de 2011

True.


Porque a verdade é que um dia todas as crianças crescem.
Um dia todas elas verão os seus sonhos serem esmagados.
Um dia todas elas cairão.
E um dia, quando isso tudo acontecer, eu estarei lá para as erguer.

:x

Gelado deixa de ter piada quando é a única coisa que podemos comer.. :s

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Desta janela onde me ponho

Desta janela onde me ponho,
Tudo o que eu consigo ver,
Muito melhor que um sonho,
Real de mais para irreal ser.

Uma mãe abraçando a filha,
Um pirata pelos ares a navegar.
Lá ao fundo a maldita ilha,
Aquela que não consigo chegar.

Um cão passeando o seu dono,
Pela trela preso e revoltado,
Uma preguiça (quase) sem sono,
E um céu claro e estrelado.

Um frio quente, e o fogo a gelar,
Nesta terra da contradição.
Desta janela o que consigo encarar,
Frutos da minha imaginação.

Pois desta janela onde me ponho,
Tudo o que não existe eu consigo ver.
É decerto melhor que um sonho,
Irreal de mais para real ser!

domingo, 15 de maio de 2011

Capuchinho vermelho

A minha primeira história infantil x) Uma variante da Capuchinho vermelho que vou representar em teatro de fantoches, dia 28 de maio! :D

A Capuchinho Vermelho

C - Olá amiguinhos! Eu sou a capuchinho vermelho e…

(Lobo mau aparece no canto do Palco a sussurrar)

L - Capuchinho vermelho…que raio de nome…

C – Hei! Ó lobo mau! Espera pela tua deixa! Ainda não é a tua vez tá? Amiguinhos vamos todos dar um grande BUUUUUUU ao lobo mau para ele se ir embora e esperar pela vez dele??

(BUUUUUUUU)

C – Uii que Buuu fraquinho! Não comeram ao almoço foi?? Quero um BUUUU forte que é para ele se ir embora! Todos juntos: BUUU!!

(Lobo mau desaparece a resmungar: “é sempre a mesma coisa, sempre a tentar tirar-me da história…capuchinho má é o que ela é…” )

C – Enfim, este lobo não tem mesmo maneiras!! Como estava a dizer eu sou a capuchinho vermelho e vim entregar esta cesta com sopinha e biscoitos à minha avó! Mas vim pelo meio da floresta e é tão perigoso… Será que vou encontrar por aí um…

(Lobo mau reaparece)

C- LOBO MAU!

L – Em pessoa! Bom…mais ou menos… Vá, tu percebes! Mas também!? Querias o quê sua tonta!? Sozinha no meio da floresta…tu não lês os jornais!?

C – Ainda sou pequenina…não sei ler…mas vou aprender! Eu vou levar esta cestinha à minha avó por isso deixa-me em paz!

L – Então fazemos assim: Eu deixo-te em paz depois de uma corrida ok? Que me dizes? Tu vais por ali e eu por aqui, e quem chegar primeiro ganha!

C – Bom… pode ser! Prepara-te para perder seu cão mal cheiroso! (sai de cena)

L – (falando para a plateia) Eu vou fingir que ela não me chamou cão mal cheiroso…até porque eu cheiro bem! Tomo banho 2 vezes por ano!!

(Lobo sai de cena. Chega à casa da avozinha, engole-a de uma só vez e veste as roupas dela.)

L – Hihihi! Agora vou comer a capuchinho e ninguém me poderá impedir!!

C – Finalmente cheguei a casa da minha avó! Estava a ver que nunca mais! Ó vóvó!!!

L (voz fininha) – Sim minha querida?? Entra, entra, eu estou no quarto! (tosse fingida) Estou tão doentinha…

C – Oh minha avozinha, que doentinha que estás! Tenho aqui uma cestinha para te sentires melhor! Oh! Avozinha, mas que grandes olhos tens!

L (voz fininha) – são para te ver melhor minha netinha!

C – E que grandes orelhas tens avozinha!

L (voz fininha) – são para te ouvir melhor minha netinha!

C – e que grandes dentes tens minha avozinha!

L –SÃO PARA TE COMER MELHOR!!

(capuchinho começa a fugir…e esconde-se na frente do palco)

C – Porque estou eu aqui escondida? Eu sei truques de karaté! Aposto que lhe dou uma sova! AHHHHH YAHHHHHH!

(capuchinho bate no lobo mau, que deita fora a avó. Capuchinho dá-lhe mais uns golpes – lobo cai fora do palco. C e avó abraçam-se)

Avó – Eu sabia que aquelas aulas de defesa pessoal iam dar jeito minha querida! Finalmente podemos passear à vontade na floresta!

Cantam: quem tem medo do lobo mau??? Eu é que não! Eu é que não!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Ser quem sou.

"Ser quem sou não é fácil." ... Escrevinhava eu no teclado sujo do meu computador já velho, mas ainda com muito uso. Entre cada tecla um pouco do vinho tinto do jantar do dia anterior, entre cada frase uma baforada lenta e relaxante de ventil.
Odeio tabaco, pensei eu enquanto olhava aquele cigarro meio fumado meio desperdiçado, coberto pelo escárnio de ter sido tão hipócrita.
É que sabem? Ser quem sou não é fácil...

Facebook

Quando é que os gostos que temos nos nossos perfis passaram a definir-nos enquanto pessoas...?

quinta-feira, 5 de maio de 2011

MADREDEUS - Haja o que houver



E acabada a leitura de Os Maias e de ver a novela, esta foi a que ficou :)

FUCK YOU ALL

Fool me once. I won't let you fool me twice. I'm not your toy. I'm not your stupid girl with low self-love. I'M BIG! I'M GOOD! I'M A FUCKING BAD GIRL AND I WILL MAKE YOU ALL SEE WHAT YOU ARE in the real life... 'Cause i don't give a shit. 'Cause all your lies can't make me go down.