quarta-feira, 27 de junho de 2012

Uma mão cheia de nada

Olha para o telemóvel de minuto a minuto, como quem não quer a coisa, esperando secretamente por uma mensagem dele. Tenta não dar a entender o que está a fazer, apesar de estar sozinha. Talvez queira esconder este acto de si mesma, para pensar que é mais forte e insensível do que é realmente.
Caminhou sozinha pela rua já escura, onde o único barulho que se ouvia era o dos seus saltos altos, como que a avisar "Estou aqui". Sorria timidamente olhando para o chão, em busca de algo que já havia perdido à muito tempo atrás.
Lá fora o mundo parou e adormeceu. Só ela continua a fazer a terra girar, com o objectivo de, de alguma forma, conseguir chegar até ele. Mas ele está fora do seu alcance, pelo simples facto de ser muito. Muito mais do que ela é. Muito mais...

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Perdida

Ela abriu a porta do quarto dele, enquanto ele a amarrava pela cintura, e lhe beijava o pescoço. Ela estremeceu um pouco, olhou para ele, e sorriu. Entraram e ele encostou-a à parede. Primeiro beijou-a e depois olhou para ela, com os seus  grandes olhos azuis, respirou, e perguntou:
- Como é que disseste que te chamavas?
- Não disse. Chamo-me Helena.
Ela continuou a beijá-lo. Tiraram as suas camisolas, e ele afastou-se um pouco, para a contemplar. Era perfeita. A sua pele branca resplandecia. Quase brilhava. Era irreal de tão mágico que parecia. Os seus contornos eram únicos e tornavam-na num ser quase inventado. 
Ela amarrou-lhe o cinto das calças e puxou-o para o pé de si. Lentamente, e sorrindo-lhe, desapertou-o.
- Espera.- afastou-se um pouco - Não queres saber qual é o meu nome?
- Não. - respondeu ela, com a maior das honestidades.
Ele ficou estático, sem saber o que dizer. Nunca lhe tinha acontecido isto. Encontrou esta rapariga, mal vestida, prestes a ser atropelada por um comboio. Se não tivesse sido ele, ela teria morrido. Ele puxou-a para fora da linha e ela sorriu e caiu, inanimada. Quando acordou beijou-o na boca, com os seus lábios carnudos e encarnados, e agradeceu. Ele rendeu-se a ela, logo desde aquele momento. E ela rendeu-se a ele, logo desde aquele momento. Souberam que pertenciam um ao outro no instante em que os seus lábios se tocaram pela primeira vez. Mas um segredo a assombrava. O mundo achava-a louca, e ela achava o mundo louco. Era uma fugitiva, perdida na vida. E queria-se perder, com ele.
Ela recomeçou a beijá-lo e saltou para o colo dele, prendendo as pernas à volta da sua cintura. Ele apertou as suas nádegas com as mãos e beijou-lhe o pescoço, loucamente. Deitou-o na cama e começou a despi-la, enquanto ela se contorcia e passava as mãos pelo seu corpo quente. Aproximou-se dela e os seus corpos uniram-se num só. Como se não pudessem existir estando separados. Como se ele fosse a continuação dela, e ela a continuação dele. E assim ficaram pela noite dentro. Como um só.
Ela remexeu-se um pouco, e libertou-se dele e dos lençóis brancos. Levantou-se, vestiu a camisola quase transparente que deixava o seu ombro e o peito à vista, e foi sentar-se perto da janela. Pegou num cigarro e acendeu-o. Abriu a janela e debruçou-se sobre o parapeito, contemplando as estrelas e a lua, que desapareciam devagar, envergonhadas por não brilharem tanto o quanto ela brilhava. A manhã nascia e consigo os primeiros raios de sol, que embatiam sobre a sua face branca e pura. Ele acordou com o barulho, e ficou a observar aquele diamante em bruto. Naquele momento, por aquele instante, o tempo tinha parado, e as paredes azuis do seu quarto tinham-se desvanecido, permanecendo só ele e ela, no fundo branco do infinito.
- Fumas? - perguntou.
- Pensei que não. Mas pelos vistos sim. - respondeu ela, olhando o cigarro com especial atenção.
- Creio que estou apaixonado por ti.
- Não, não estás.
- Como podes afirmar isso com tanta certeza? - questionou ele, incrédulo com tamanha blasfémia.
- Tu não te apaixonaste por mim, nem me conheces! Tu sentes paixão por mim. Achas-me linda, invulgar e misteriosa e isso atrai-te de uma forma que nunca imaginaste. Sou o teu primeiro fetiche... Apaixonares-te, de verdade, é quando não consegues dormir, ou porque não páras de pensar nela, ou porque não queres parar de pensar nela. É dar-te vontade de não sair de perto dessa pessoa, e de, quando sais, só quereres voltar para o pé dela. É gostares tanto dela que a queres matar, só para que mais ninguém possa ter o que tu consideras teu por direito e de nascença; porque não queres que mais ninguém experimente a felicidade que tu experimentaste com ela, e porque não queres que ninguém fique com o que, tu crês, te foi destinado.
Ele não lhe conseguiu responder. Levantou-se, dirigiu-se a ela e tirou-lhe o cigarro da boca. Deu uma passa, e apagou-o. Beijou-lhe o rosto e sussurrou:
- Tal como eu disse, estou apaixonado por ti.
Ela sorriu e perguntou:
- Como te chamas?
- Chamo-me Nuno.
- Olá Nuno. O meu nome é Daniela.
Tenho o último exame amanhã, espero. :)

domingo, 24 de junho de 2012

Preciso de férias, já!

Para começar, e isto vai ser animado, eu nas últimas duas semanas:


Como alguém (probably not) deve ter reparado, não tenho vindo muito aqui. Estou desactualizada, eu sei! Mas é tanto exame... Foi a Português, a Geografia, a História...  A minha sorte é que correram todos bem! Terça tenho o meu último, a Espanhol, e depois...


Espero eu! Só quero que as minhas notas sejam boas para conseguir entrar na Faculdade de Letras, no Porto.
Desde há uns meses para cá que o Porto se tornou um dos assuntos mais importantes para mim... Querem-me cativar? Falem-me do Porto. Tenho lá tudo... Faltam uns meses só... Só uns meses...


Já me consigo imaginar... A primeira vez a entrar no comboio para ir para lá... Para a minha nova casa... Aposto que vou chorar o caminho todo! Fico triste, por deixar os meus pais, a minha família, e os meus amigos... Mas tenho aquela sensação mesmo forte de que o meu lugar é lá... Que o meu primeiro beijo com o homem que me vai acompanhar para sempre será lá, em cima da ponte. Que é lá que eu vou publicar o meu primeiro livro e tornar-me em quem quero ser. E que vou acabar os meus dias lá, num final de tarde quentinho de outono... A olhar para a cidade que me apaixonou desde o primeiro momento... 
É este o objectivo. Foi por isto que eu me esforcei tanto! Não levo nenhuma relação comigo para lá. Não levo nenhuma "bagagem" emocional. O que ficar cá, sem contar com a família, fica. E pronto! (era tão fácil se fosse assim simples)...


Uma coisa é certa! Quero fazer deste um verão inesquecível! E aproveitar muito! 

Lana Del Rey - Born To Die

domingo, 3 de junho de 2012

Sorry again

Mais uma vez peço desculpa ao meu blog por estar um pouco...desaparecido... Mas eu estou cheia de coisas para fazer e estudar... Mas assim que tiver tempo eu actualizo isto, prometo! :)