domingo, 31 de outubro de 2010

Dirigido ao Diabo que gere a minha vida:

Como uma droga forte,
Tu me prendes em amor
E entregando a minha sorte,
Eu avanço para ti com fervor.

Diria que és uma perdição,

Uma mais dura que a morte,

Mais que loucura, mais que paixão.

Mais que vida, mais que suporte.

Mais que eu, mais que tu, até mais que perfeição,
Mais que a ténue linha que nos pode separar
Mais que um simples "segura a minha mão"

Mais do que a queda, mais do que a amparar.
Porque eu também estou a morrer,

Mas lentamente, até o posso esquecer,

É mais do que eu posso desejar e querer,

Mas neste momento nada nos pode deter.
É o fogo que não cansa de me consumir,

Pelos variados erros que até agora cometi,

Sei que dói, mas eu gosto, tenho de admitir,

E que seja então!, se isso me lembrar de ti!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Bloody Mary - O renascimento





-> A Pedido de muitos leitores que não gostam de ter ataques de coração decidi tirar esta música a iniciar automaticamente (mas contrariada U.U);
Espero que gostem xD

Esta noite pensei nesta história, mas aconteceu uma coisa estúpida...passei o dia todo assustada com ela. --' Foi tão giro quando abri a porta do quarto de banho de manhã e comecei aos gritos porque me assustei com a minha mãe (Estou de castigo porque ela me acha muito macabra)! xD
Enfim...ossos (AHAHAHA) do ofício ;)

Bloody Mary
Têm-se passado coisas estranhas por aqui, muito estranhas. Estou nesta localidade à apenas sete ou ou oito meses, mas posso afirmar que aqui nada acontece por acidente, por coincidência.
Chamo-me Maria e sou o fruto de uma relação de uma noite. A minha mãe tinha uma deficiência psicológica, que a fazia ter alucinações e fazer coisas sem explicação. Morreu à cerca de um ano. Após várias tentativas de suicídio conseguiu finalmente atingir o seu objectivo: cortou o próprio pescoço com a mesma faca com que tinha aberto o peru nessa noite, ao jantar. O meu pai nunca conheci, e nunca me interessei em conhecer.
Mudei-me para a cidade-natal da minha mãe, onde vivo actualmente sozinha, no apartamento que em tempos foi a sua casa, o seu lar. Hoje em dia é apenas mais um edifício empoeirado, num bairro degradado (e degradante).
Estudo na Escola Secundária da Vila, uma relíquia da cidade, com cento e vinte anos sem obras e, consequentemente, sem quaisquer condições. Não sou a mais popular, a mais bonita, a mais inteligente ou a mais desportista. Posso até afirmar que me incluo na classe dos invisíveis. As pessoas não me idolatram nem me maltratam, simplesmente ignoram, o que por aqui é uma mais valia...
Mas voltando ao início da minha linha de pensamento: têm acontecido coisas mesmo estranhas. Suicídios, homicídios, pessoas decapitadas, desmembradas... E o mais "cómico" da situação é que nunca se descobriu culpados, suspeitos, provas ou pistas.
Obviamente estes acontecimentos têm provocado o pânico entre a população e andam na boca do mundo. Mas, sinceramente, não acho que as pessoas estejam muito preocupadas em apanhar o criminoso, mas sim em arranjar novas fechaduras e a irem a psicólogos para se certificarem de que não estão malucas. É uma corrida maníaco-possessiva aos psicólogos e psiquiatras.
Adivinhem então o que se está a falar na aula de Economia:
- Ai eu estou cheiinha de medo! Quem seria capaz destas brutalidades?
- Não faço ideia Joaninha, mas não pode ser alguém normal!
- Só espero que isto acabe depressa...
- Não sei porquê, mas tenho a sensação que sim. - senti os olhares das minhas colegas postos em mim - Então!? Não me olhem assim! É só um pressentimento...
- Podíamos investigar por nossa conta... - interveio o professor, que limpava os óculos muito calmamente. Depois colocou-os e desafiou - Que me dizem?
Wow, uma aventura. É óbvio que toda a turma assentou. Todavia, o que a turma diz nao se escreve e, às dez horas nessa noite, só estava eu, o professor, a Carol, o Carlos, a Diana e a Joana em frente à pizzaria.
- Parece que somos só nós...
- Pois, parece que sim...
- E onde vamos?
De repente vimos três vultos a passarem mesmo em frente dos nossos olhos, que corriam a uma velocidade estonteante.
- Já sei - disse eu, decidida - vamos seguir estes que passaram agora, tenho cá um pressentimento que não estão a fazer coisa boa.
E começamos a correr. Quando estávamos a chegar a floresta o professor parou-nos.
- Não meninos, se entrarmos ali vai estar muito escuro e as árvores vão tirar-nos o campo de visibilidade. É demasiado perigoso, não o posso permitir.
- Mas então? O que vamos fazer?
- Venham, eu acompanho-vos a casa. Amanhã retomámos as investigações.
Quando estávamos a ir embora eu virei-me para trás e vi um dos vultos que tínhamos visto minutos antes, detrás de uma árvore. Mas quando ia a abrir a boca para falar, ele já tinha desaparecido.
Ao irmos para casa vimos um dos vultos a entrar na nossa escola e apressámos-nos a chegar ao portão.
- Oh não! Está fechado!
- E agora como vamos entrar?
Ouvimos o tilintar de umas chaves e olhamos para trás, para o professor.
- Que é que querem? Ser editor-chefe do Jornal da escola tem de ter as suas regalias!
Entramos na escola e vimos a luz da nossa sala e a porta aberta. Corremos até lá e quando olhei senti-me a paralisar. Nesse momento devo ter ficado branca como a cal...Também não era para menos.
- É...é o director...
O director da escola tinha sido enforcado em frente à janela e os seus dedos tinham sido cortados e postos dentro do porta-canetas, em cima da secretária.
(vêem agora porque é que eu me assustei? xD Uma coisa é para quem lê isto, outra completamente diferente é para quem sonha com isto... O.o Continuando com a nossa história:)

O professor estava a cortar a corda para libertar o director quando ele abriu os olhos, deixando-nos todo em sobressalto:
- CUIDADO COM A BLOODY MARY! CUIDADO COM A BLOODY MARY!
E de repente começou a ficar muito vermelho, e começou a escorrer sangue e depois evaporou-se!
Ficamos todos estáticos...O que raio se tinha passado aqui...? Quem era a bloody Mary?
- Desculpem meninos...vocês fazem ideia quem é a bloody Mary?
- Sim professor - responde Joana, ainda a chorar - Mas não passa de uma lenda urbana...
- Eu já nao tenho a certeza se não passa disso! - gritei eu.
- Pois... - suspirou o Carlos.
Após este suspiro ouvimos um barulho, um estrondo e ficamos todos alerta.
- Acho que devia ir ver o que se passa!
- Eu vou consigo professor! - disse eu e o Carlos em coro.
- Ok, mas com cuidado!
Avançamos então os três para o corredor e analisamos a escola de uma ponta à outra mas nada. Decidimos então voltar à sala buscar as meninas para irmos embora e chamar a polícia. Mas quando chegamos à sala deparamos-nos com um cenário horrível.
A Joana e a Diana encontravam-se enforcadas, uma ao lado da outra, onde anteriormente esteve o director. E a Carol estava muito assustada, aos berros, num canto, com o corpo coberto em sangue.
- Que se passou Carol? - Corremos os três para ela, mas eu mantive-me um pouco afastada.
- Eu..eu não sei! Num minuto estávamos bem e noutro minuto elas estavam assim! Foi uma sorte eu não ter morrido!
- Esperem... - disse eu - não se aproximem dela...Esta não é Carol.
- É óbvio que sou eu! Quem querias que fosse? O pai natal?
- Não...mas tu não és a Carol!
E ela começou a chorar e a gritar.
- Hei, desculpa...mas essa actuação não me convence...
Parou de chorar e de gritar...tirou vagarosamente as mãos da cara e olhou-me nos olhos. A seguir esboçou um sorriso de troça e disse:
- Muito bem Maria, estou admirada...Mas isso não te adianta de nada agora!
De repente senti um vento forte rodear-me e quando consegui abrir os olhos estavam diante de mim Carlos, o professor, a Carol, a Joana, a Diana, a minha mãe e mais dois matulões. E então começaram a entoar uma canção:
- OHHH MARY, SWEET MARY, MY MARY, OHHH.
OHHH MARY, SWEET MARY, MY MARY, OHHH.
Comecei a gritar mas de nada valeu...Primeiro senti muito frio mas depois tudo parou. Olhei para mim...tinha a pele enrugada, vestes rasgadas, estava descalça...e ainda assim...achava-me linda.
- A única e verdadeira Bloody Mary. - disse o meu antigo professor.
- Tive saudades tuas - disse a minha mãe.
- Eu também tive vossas meus caros colegas...Mas agora estamos reunidos outra vez.
Vamos dar início a festa.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

**

(Este Blogue mais parece um diário ahah
Tenho de me deixar disto... x'D)


- A próxima história de terror está para breve meninos, esta noite já vou ver se "vejo" alguma coisa ;D

~

Sonhei com a tua morte meu amor.
Sonhei com ela sim. Cruel, violenta.
Até admito que a desejei com fervor.
(Acho que sei o que vem na ementa).

Quero que venhas comigo ao inferno!
Vem, meu querido, vamos passear...
Um passeio quente, mórbido, eterno,
E quem sabe, até podíamos lá ficar!

Como? A minha ideia não te agrada?
Não me tivesses arrancado o coração!
Agora é a minha vez, de alma rasgada
Vou arrancar o meu punhal da tua mão!

E irei cravá-lo, sem pena nem piedade,
No teu corpo (ainda) vivo que fermenta.
Diz-se que para morrer não existe idade
Por isso vou terminar com a tua tormenta.

Não me julgues mal, eu só quero o teu bem,
Ao oposto de ti, eu nunca te quis magoar!
Lamento, mas vais descer comigo também
E nestas masmorras para sempre habitar!

Não me olhes assim...nessa decadência...
Anda, aproveita o teu último respirar,
Até pode ser que gostes da experiência!
E partiremos juntos para o mundo acabar!

Sabes que significas mais que um projecto,
Amo-te, e contudo, tenho ordens a cumprir.
Desferi um golpe, com o meu punhal erecto
E simultaneamente, tu olhavas-me, a sorrir.

Afinal sempre soubeste o que planeava fazer,
Entendes-me, tanto na morte como em vida,
E agora sei que vives, ainda que a morrer,
E deixar-me-ás numa viagem só de ida.

Posso afirmar que aprendi a minha lição.
E agora viverei a minha morte na agonia.
Pois tentei trazer-te para o meu caixão,
Mas percebi que aqui apenas eu pertencia.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Hoje decidi que tinha de acordar;
Não podia ficar parada sempre.
Decidi então que devia encarar,
Preparar o meu ataque iminente.

Estou confusa, sinto-me zangada.
Não consigo, não posso aguentar!
Esta história deixa-me abalada...
Mas eu tenho tentado controlar...

Mas não mais!

Acabou os gestos e os sorrisinhos,
Acabou-se o fazer por excelência!
Acabou os favores e os recadinhos!
Adeus meus caros! Esgotou a paciência!