terça-feira, 31 de janeiro de 2012

You


É estranho, mas agora entendo melhor.
Entendo melhor o que sinto quando estou contigo e quando estou sem ti. Fazes-me sentir viva, mas a caminhar para a minha morte. Sinto que sou uma má influência para ti, ainda que tenha certeza que tu é que és a má influência para mim. No bom sentido claro. 
"Cada vez mais penso que fomos feitos para estar juntos. Nos bons e nos maus momentos. Estamos juntos neste inferno... Destruímo-nos e construímo-nos mutuamente. Só tenho medo de chorar a minha alma por ti quando me for embora... Significas tanto. Peço desculpa, por todos os erros que cometo. Por todas as asneiras que digo e todas as palavras carinhosas que não digo. E peço desculpa por aquela palavra hoje, mas é o que sinto, e não o lamento. 
Lamento é não te conseguir apoiar sempre que precisas, estar sempre contigo e estar sempre a altura dos teus desejos. Mas vou lutar por isto. Quero lá saber o que isto é.  Não vou arredar pé daqui e não vou desistir tão facilmente! És a excepção à regra! Lembra-te disso! Vou estar aqui sempre, mesmo que não seja fisicamente, para ti. (...) A lição foi aprendida. Preciso de ti (...) Não é paixão forte ardente (também é). É amor duro e trabalhado com lágrimas e suor! É contigo que eu pertenço e não vou fugir... Temos uma ligação forte. Podemos fazer esta relação certa desta vez... Mesmo que me mate. Mesmo que me mate a tentar. (...)"
Oh pah, é. É isto.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Lost

Apaixonar-me neste momento, tendo em conta que me vou embora daqui a uns meses, é como oferecer o meu coração e um martelo a essa pessoa e gritar "QUEBRE LÁ FDP!"... O.O

Glee - Without You (Full Performance) (Official Music Video)




Estava a ouvir esta música linda... E fechei os olhos para imaginar o meu amor... Mas a minha mente ficou vazia... Ninguém é suficiente importante para que possa aparecer na minha cabeça nestes momentos... Não estou apaixonada... Passo tanto tempo sozinha... Que me tornei uma pessoa fria... Ainda mais... Tornei-me rígida... Procuro alguém, é verdade, mas tornei-me demasiado exigente, pois não é qualquer pessoa que aceita o meu estilo de vida e o meu problema... E eu não me quero magoar mais... Porque já me partiram o coração demasiadas vezes... E como daqui a uns meses vou embora, não quero dar o meu coração... Pois estaria a oferecer algo como um martelo junto... BAH...

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O INFANTE

Conclusão

Cheguei à conclusão que sou uma super mulher...
- Escola
- Parnassus
- Mao
- Saltimbancos
- Blogue
- 4 Exames
- Formação em teatro
Estas coisas ocupam-me tanto tempo, que não me resta tempo para estar triste... :)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Sombras

Vejo-as vaguear à minha volta... Esperando o momento certo, o momento em que eu terei batido tão no fundo, que elas poderão me tomar e dominar... Estão tão perto... Tão perto... São como abutres... Voando tão perto de mim...

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Deixa-me só

Deixa-me só...
Prefiro o escuro da minha alma
À luz doentia da tua!
Essa que me encandeia,
Que me cega,
E me desencaminha...

Deixa-me só...
Deixa-me arruinar-me,
Destruir todo o meu ser,
Rasgar toda a minha alma,
E manter-te a salvo,
E indiferente,
No momento de eu perecer.

Deixa-me só,
Deixa esta solidão matar,
Perfurar todo o meu corpo,
E manter-me viva,
E consciente,
Só para me torturar.

Deixa-me só,
Deixa-me aqui a morrer,
Chorar rios de sangue,
E neles me afogar,
Sem estares aqui,
Sem te poder magoar...

Deixa-me só,
Mas não me deixes morrer...

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O reflexo de Maria

1º Parte

Entrei no meu quarto, deixado ao abandono por tantos anos. As cortinas brancas que comprara com a minha ama, pelo meu oitavo aniversário, esvoaçavam ao sabor do vento, enquanto que a luz da Lua pintava o meu dormitório de adolescente em tons de azul... 
Era a primeira vez que aqui vinha, após o acidente dos meus pais... Tudo fora deixado ao abandono.
O meu corpo deambulante trouxe-me aqui nesta noite por uma razão: pôr um ponto final no meu problema. Caminho, pé ante pé, pelo caminho mais fácil... A morte.
Na verdade, já morri faz tempo... Este vazio que sinto acorrentou-me a uma vida sem propósito. 
Sentei-me num dos cantos do quarto. Afundei a cabeça entre os braços e chorei. Chorei horas a fio. Ao meu lado, as paredes tornaram-se negras, e o chão fugira. Estava a cair num buraco sem fundo. E, por muito que gritasse, do meu corpo não saía nem um só gemido. Era impotente ao meu destino.
Ergui-me por fim, ainda que me faltassem forças. Despi-me lentamente e olhei o meu vestido branco rasgado, que pousei em cima da cama. Retirei cuidadosamente o fio branco que servia para prender a minha roupa e atei-o como um laço ao pescoço. Tomei um banho demorado e sentei-me, enrolada na toalha, em frente à minha mesa de maquilhagem, com um espelho imponente, que pertencia à família por gerações. 
Penteei os meus longos cabelos negros e encharcados, com uma escova dourada, que reluzia perante a luz da noite. A minha pele, cor de cal, parecia ainda mais branca com o luar... Sorri. Na verdade, eu já estava morta. Na verdade, este vazio que eu sinto só está à espera que eu o preencha com o meu sangue. Sim, ele deseja o meu néctar. Este vazio anseia pelo meu sangue.
Acalma-te alma impura e cruel, que mais cedo que pensas terás o que precisas...
Um barulho acordou-me dos meus pensamentos e fez-me estremecer. Voltei-me para trás, mas tudo no meu quarto permanecia igualmente vazio e só. Voltei-me de novo.
O meu reflexo abandonou-me nesse momento. Eu estava de frente para o espelho, mas ele continuava como se eu estivesse de costas. Conseguia ver as cicatrizes vermelhas nas minhas costas. Dei um grito, assustada. 
Aí, o meu reflexo olhou-me, devagar, com um sorriso estampado na cara e os olhos esbugalhados. Saltou fora do espelho e esganou-me até eu perder os sentidos. Quando voltei a mim ela olhava-me, nua, com um fósforo na mão. Acendeu-o e atirou-o para cima de mim.
Uma dor dilacerante inundou o meu corpo. Fechei os olhos.
Obrigado.

2º parte

- Já se sabe a quem pertence o corpo?
- Sim... Apesar de muito queimada, conseguimos reconhecer a jovem. É Maria, a filha de um casal que morreu enterrado vivo há uns anos... Tinha problemas mentais. Foi ela quem matou os próprios pais. Estava internada numa clínica psiquiátrica, de onde fugiu na semana passada... Tudo aponta para suicídio.
- Suicídio?
- Sim. Ela deve ter-se banhado em gasolina. Ali à direita tem um quarto de banho, com a banheira cheia de gasolina! E as marcas de estrangulação presentes no pescoço devem-se ao cinto do vestido dela. Depois disso seria fácil atear fogo a si própria... Não compreendo é como só ardeu ela... De resto, tudo está intacto!
- Era uma mente perturbada... Uma história trágica.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Caixinha de surpresas.

A história que hoje vos conto, senhores da morte, é verdadeira, ainda que somente na minha imaginação. Porventura, e tendo em conta que a minha imaginação é o palco para alguns dos maiores espectáculos de horrores, queiram os senhores desculpar-me por não lhes poder realizar os desejos que, suponho eu, na minha maior humildade, fatais.
Vou então, pelo menos, tentar descrever ao pormenor os meus pensamentos. Agora sim, agora posso estar em perfeita comunhão com o meu lado negro, esse que coabita comigo, perdido, e que tenta, constante e violentamente, rasgar as minhas entranhas e torturar-me até que eu implore para que a morte me venha salvar, em busca da eterna liberdade. Hoje, a inspiração surgiu, por entre marés de decadência e lágrimas contidas. O meu lado negro libertou-se. Esperemos que volte para mim... Caso contrário terei soltado uma das maiores psicopatas e amantes da morte que a história já presenciou. Palavras da psicopata, a mesma que está neste momento a escrever este rascunho, com esperanças de um dia poder ascender ao lugar que lhe pertence. O lugar d'A Ceifeira.
Vamos então começar.
Eram um casal doce, jovem, de sentimentos sinceros e amor constante. Naquela manhã a luz solar inundava o quarto de paredes caiadas e reluzia nos lençóis de linho branco puro. O vento dançava uma valsa lenta e apaixonada com os cortinados, também eles brancos e leves. Ele, deitado em cima dela, fazendo força com os membros para que não a pudesse magoar, deixava cair os seus longos cabelos negros pela sua face de traços suaves e de lábios vermelho-sangue. Fazia sempre este movimento, depois das relações sexuais, com o intuito de a fazer sentir desejada e protegida. Conseguia-o sempre. 
Olhou para o relógio do despertador e com um salto ergueu-se e começou a vestir os boxers negros justos,  que lhe delineavam o corpo musculado como nunca outrora.
- Porra, vou chegar atrasado ao trabalho! E hoje tenho apresentação do projecto! Tenho de me despachar! Desculpa doce, vemo-nos logo? - Questionou-lhe ele, piscando o olho direito, numa tentativa de lhe fazer entender o que queria...
- E vais aguentar até lá? - Provocou ela, lançando-se para os seus braços e acariciando-lhe a face.
- Vou tentar... Mas vai ser difícil... Vou ficar a ressacar o dia todo... Vá, vou fazer uns ovos.
Dirigiu-se à cozinha, sob o olhar atento da namorada. Ela, completamente nua, olhou-se ao espelho, distraída. E então teve a brilhante ideia. Ia tirar uma foto em frente ao espelho, tal e qual como estava, para enviar quando ele estivesse a ir para o trabalho. Depois, deitada na cama, só tinha de esperar uns minutos e ele viria, excitado, ter com ela. O projecto que ficasse para depois. Ela era mais importante!
Tirou a foto, e ao vê-la no telemóvel, reparou que uma sombra negra desfocada, tinha surgido atrás dela. Olhou para a cozinha. Ele continuava, semi-nu, de avental, a fazer o pequeno almoço e a assobiar uma música que passava na rádio. Ela sorriu. Devia ter sido ele. Enviou a foto para telemóvel dele e deitou-se novamente.
Ele saiu de casa, atrasado, ainda a mastigar o último pedaço do pequeno almoço.
As filas de carros em Lisboa, naquela manhã, como em tantas outras, acumulavam-se. Parado, por obrigação, ele olhou para o telemóvel e reparou que tinha uma mensagem da sua amada. Era uma foto. Abriu a foto e viu a sua amada nua, esbelta, e atrás dela, um homem velho, completamente vestido de negro, com um punhal na mão e um sorriso, dirigido não a ela, mas a ele, que olhava a foto com grande aflição. 
Correu para casa, pensando que a sua namorada e a sua habitação estavam a ser assaltadas. Quando chegou, abriu a porta de rompante. A luz estava acesa. A sua namorada encontrava-se enforcada pelos fios do candeeiro de tecto, com os olhos abertos. Uma lâmpada tinha sido posta na sua boca, ainda ligada aos cabos. Representava a sua ideia. 
A sua caixa toráxica tinha sido aberta, e as suas costelas apresentavam-se agora em forma de portas. Estava totalmente vazia, desprovida de órgãos. O seu coração batia normalmente, preso por um fio aos seus dedos dos pés, permanecendo, livre de sangue, em cima dos lençóis impecavelmente brancos. Aliás, todo o quarto continuava na mesma, sem vestígios de sangue ou violência.
Ele olhava-a, em estado de choque, quando ela abriu os olhos, afogados em sangue, e inclinou a cabeça na sua direcção. Sorriu.
Ele soltou um grito.
Acordou. Era de manhã e ela ainda dormia. Que pesadelo horrível!
Olhou a janela. O céu ainda estava escuro e não havia vento. Voltou a dormir, agarrado a ela.
Ela fez um movimento doce, afagando-lhe o cabelo, ainda a dormir. Ele sorriu. Aí, ela abriu os olhos na escuridão, manchados de sangue e sorriu também.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Estou a pensar em ti,

Estou sempre a pensar em ti...

Meu amor, minha sentença

 Por vezes afastamos as pessoas de quem gostamos, quando na verdade só as queremos perto...

Claro que o meu grande sorriso permanece,
Mas esta maldita dor que sinto fala mais alto...
Pois eu não sou a única que enfeitiçaste, parece,
E, todavia não sou miúda de ficar para o ressalto.

Despertaste algo em mim com esse teu jeito verdadeiro,
Algo que até ao momento ninguém tinha despertado.
Talvez por inocência, quis pensar que eras o derradeiro,
Talvez pela tua perfeição, no meu pensamento retratado.

E eu, amostra de ser humano completamente insegura,
Depositei em ti o mundo para que fizesses a diferença.
Quis pensar que eras a minha salvação, a minha cura,
Mas chegamos ao fim e tornaste-te na minha sentença.

És inocente do meu amor e de eu ter criado esta ilusão.
Inocente também das minhas lágrimas que hoje correm.
Mas culpado de me teres deixado afundar nesta confusão,
E de me deixares afogar nessas lágrimas que me corroem.

Culpado de seres como és e de ainda assim preferires a solidão,
Culpado de não me deixares nem sequer mostrar-te como eu sou.
Porém inocente, de um jeito controverso, da minha imaginação.
E inocente também de eu estar perdida, sem saber o que passou.

Agora e daqui em diante, passa o tempo. Mas passa por passar. 
Passarão os dias e os anos, lentos e secos, de semblante gelado.
Porque o vazio que me preenchera outrora voltou para ficar.
E eu envelhecerei, não aqui, mas sozinha, sem ti ao meu lado.

De agora em diante, somente eu habitarei neste frio cubículo,
E somente eu saberei, incredulamente, o que se passará aqui.
Mas hoje continuo à espera de um sinal de igualdade ridículo,
E estarei à espera, somente nesta data importante para mim,
Por ti.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Menininha de bordel

Eventualmente a tua máscara vai cair.
Eventualmente (covarde) terás de fugir.
Pois no meu mundo não reina a falsidade,
Nem reina o medo, a dor ou a calamidade.

Exalas um cheiro fétido a sexo muito quente,
O teu lema: "Dou muitas voltas, sou carrossel",
E o teu andar sujo e meio-aberto não mente,
Para falar verdade, tens ar de puta de bordel.

Andas de peito levantado, como quem se oferece,
Pedes dinheiro a troco de amor... ou de serviçinho,
Maltratas inocentes, espancas quem não merece,
E tratas os maiores cabrões por baby e amorzinho.

És um objecto sexual, não serves para mais nada,
E nem uma resposta negativa te consegue impedir.
Portas-te sempre muito mal, és como chiclet usada,
Mas sei que eventualmente a tua máscara vai cair.
E eu vou estar aqui, na primeira fila, a primeira a rir.

True Story - tentativa

Dizes que me amas e que comigo queres ficar,
Explico que não sirvo e que só te vou magoar...
Sou objecto muito ruim, que o mundo quebrou,
Que um dia um refúgio, só para si, encontrou.
Alma perfurada, que para sempre irá sangrar,
Sozinha e abandonada, num canto a chorar.
Carinho que não dá, coração que não sente,
Por favor faz-me feliz. Se for preciso mente!
Amar sem ser amada, sexo sem sentimento.
Não, fora com o quente, quente sem alento!

Anselmo Ralph - Esta Dificil 2011