terça-feira, 4 de outubro de 2011

"Dilantetista"

Poeta não esquece, vive a dor.
E revive-a para não mais a esquecer.
Poeta quando sente, sente com ardor,
De tal forma intenso, até perecer.

Se agora o vês, mais tarde não o verás,
Porque quem ele é agora, mais tarde não o será!
Ele divide-se em vários, decerto saberás...
A morte ele engana e lança-se ao Deus D'ará!

Poeta fragmenta-se, como podes saber,
Não é ninguém; e é toda a gente.
A pergunta é: quem será ele quando morrer,
Um fulano querido, sensato... ou demente?

Imperador do reino da loucura,
Expele e cospe seus pensamentos,
E não te enganes, não é brandura,
Todo ele é somente sentimentos.

Esmaga, destrói e fere,
Esmagado, destruído e magoado.
Não há NELE amor que impere,
Apenas ele, e o seu "eu" aprisionado.

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