quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Deixa-me só

Deixa-me só...
Prefiro o escuro da minha alma
À luz doentia da tua!
Essa que me encandeia,
Que me cega,
E me desencaminha...

Deixa-me só...
Deixa-me arruinar-me,
Destruir todo o meu ser,
Rasgar toda a minha alma,
E manter-te a salvo,
E indiferente,
No momento de eu perecer.

Deixa-me só,
Deixa esta solidão matar,
Perfurar todo o meu corpo,
E manter-me viva,
E consciente,
Só para me torturar.

Deixa-me só,
Deixa-me aqui a morrer,
Chorar rios de sangue,
E neles me afogar,
Sem estares aqui,
Sem te poder magoar...

Deixa-me só,
Mas não me deixes morrer...

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