quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Rasgos de mim: Manifesto às multidões - ínicio

Quando voltei a mim e tomei consciência
 - Do destino que me estava traçado,
Enterrei a minha face nas minhas mãos,
E a minha alma esvaiu-se em lágrimas.
Olhei para ela, brilhante, cintilante,
Neutra, pura, outrora completa.
Corre! Foge! Enquanto podes...

Deixa-me aqui para morrer...

Subitamente o óbvio atingiu-me,
Como se de um relâmpago forte
Se tratasse...

Olhei para os meus pulsos fracos,
- Nenhum sangue corria por eles.
Junto com a minha alma
Fugira também a minha vida.
Ó cobarde e cruel vida a minha!
Que me deixas aqui para morrer 
Sozinha. Moribunda e sozinha...
Traidora como nenhum dos mil sóis,
Que afogam a lua cada vez que surgem!
E iluminam a Humanidade, esses animais,
Aclamados de Reis e senhores do universo!
(Não passam de uns pobres de espírito!)

Morram todos! Morram agora!
E levem convosco a vossa criação!
Não passam de acessórios, distracções!
Morram todos e não voltem mais!
Deixem-me aqui sozinha, nesta noite,
Envolta nas sombras, minhas amigas,
Companheiras dos momentos árduos.
Morram todos e não tornem à vida!

Pois ela não vale mesmo a pena...

2 comentários:

  1. Pai Natal9/10/2012

    Não achas.um bocadinho mórbido para alguém que vai para a universidade seguir o seu sonho? XD

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    1. É bem provável, mas eu sou um bocadinho mórbida eu própria por isso!

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