terça-feira, 12 de julho de 2011

Esgotada.

Eu estou cansada, esgotada. Sinto que as pessoas têm tirado partes de mim, que eu me tenho dividido em milhões de pedacinhos pequeninos, e que esses pedacinhos têm sido muito, muito maltratados... atirados contra paredes, pontapeados, deitados ao lixo. Como se eu não valesse nada. Se calhar não valho. Apetece-me desligar o telemóvel, desligar o computador, desligar a televisão, trancar-me no quarto, com as janelas todas fechadas...e cair...cair no chão...poder finalmente descansar...poder finalmente fazer o que eu quero, sem preocupar quem magoo ou quem desiludo (ou se me desiludo a mim!)... E chorar, chorar tanto. Tenho tanta vontade de chorar neste momento. Porque é que toda a gente espera tanto de mim!? Porque é que eu tenho de ceder sempre!? Porque é que tenho de ser sempre eu a sofrer!? Se calhar é a minha obrigação...aguentar. Se calhar devia aguentar mesmo. Porque é que as pessoas não se decidem de uma só vez? É tudo tão complicado...Provavelmente isto são só mais umas lamurias de uma adolescente idiota que não consegue suportar a vida que tem...Pode ser que daqui a uns dias eu veja isto de novo e me ria em frente ao computador, com uma lagrimazinha no canto do olho, ainda com memórias de como que estava a sentir naquele dia (hoje). Não quero seguir as regras do jogo. Não quero ter de ser boazinha para toda a gente. Quero mandar algumas pessoas irem dar uma voltinha, porque para mim não valem nada. Quero esclarecer o que se passa na minha cabeça. Quero saber porque é que eu ando a jogar aquele jogo do "nem contigo, nem sem ti!". Estou tão cansada...É tão difícil...Quero saber quando é que passei a saber a mel (ahah) e porquê. Quero saber se isto é algum teste para ver se eu valho alguma coisa ou não. Parece que chumbei no teste. Quero saber porque é que eu dou para algumas coisas e para outras não. Quero saber porque é que existem pessoas cobardes, incapazes de se aventurar, por algo que lhes pode, e mudaria a vida. Por medo, por receio. Quero saber porque é que tenho de ser sempre eu a fazer o papel duplo...sou sempre a má da fita, mas a que sai mais magoada. Acreditem. Quero bater em toda a gente, espancar quem merece, mandar para o caralho outras tantas pessoas. Quero fugir daqui sozinha. Não quero que as pessoas dependam tanto de mim. Desespera-me que haja pessoas tão carentes. Vive a tua vida, fogo! Não vivas de mim e para mim, que eu não mereço, nem quero isso! Não me prendas sem saberes quem eu sou verdadeiramente, porque isso vai dar mau resultado. Não existe tal coisa como o amor sobrevive seja ao que for. O amor não sobrevive a mentira. O amor não sobrevive à traição. O amor não sobrevive à distância. O amor não sobrevive a quase nada. Por isso é que eu pretendo cortar relações, aqui e agora, com as relações. Tal como já alguém o fez. Eu se fosse inteligente andava por aí, sem remorsos, sem nada que me prendesse. "Curtia" com quem eu quisesse, fazia o que me apetecesse e queria lá saber do resto. Era mesmo isso que eu devia fazer. Infelizmente tenho uma mariazinha aqui dentro de mim que me diz que eu não sou assim. Eu acredito que as relações podem começar com um beijo. Mas também?! Para quê!? Também acreditava que o coelhinho da Páscoa, o pai natal e o papão existiam e que o Castelo Branco não era virado, só gostava de se arranjar. E vejam no que deu!? Não ganhei muitos ovos de chocolate, não tive tudo o que eu queria porque me portava bem ao longo do ano, o José Castelo Branco é mesmo virado e atravessado daquela cabecinha pequenina e bem penteada.
Ah. Já agora, também cheguei à conclusão que o papão existe.

4 comentários:

  1. Anónimo7/12/2011

    Pára de 'dar' tanto de ti aos outros. Reserva-te mais! Nem em todos há uma chance. Muitas pessoas não se deve dar sequer uma.
    Depois chegas à conclusão que nada a pena valeu. E quem sofre és tu. Protege-te, reserva-te.

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  2. É isso que eu vou fazer...acredita...

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  3. Anónimo7/13/2011

    Finalmente. É isso que devias ter feito há mais tempo, Maria Vieira.

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