segunda-feira, 16 de maio de 2011

Desta janela onde me ponho

Desta janela onde me ponho,
Tudo o que eu consigo ver,
Muito melhor que um sonho,
Real de mais para irreal ser.

Uma mãe abraçando a filha,
Um pirata pelos ares a navegar.
Lá ao fundo a maldita ilha,
Aquela que não consigo chegar.

Um cão passeando o seu dono,
Pela trela preso e revoltado,
Uma preguiça (quase) sem sono,
E um céu claro e estrelado.

Um frio quente, e o fogo a gelar,
Nesta terra da contradição.
Desta janela o que consigo encarar,
Frutos da minha imaginação.

Pois desta janela onde me ponho,
Tudo o que não existe eu consigo ver.
É decerto melhor que um sonho,
Irreal de mais para real ser!

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