quarta-feira, 27 de junho de 2012

Uma mão cheia de nada

Olha para o telemóvel de minuto a minuto, como quem não quer a coisa, esperando secretamente por uma mensagem dele. Tenta não dar a entender o que está a fazer, apesar de estar sozinha. Talvez queira esconder este acto de si mesma, para pensar que é mais forte e insensível do que é realmente.
Caminhou sozinha pela rua já escura, onde o único barulho que se ouvia era o dos seus saltos altos, como que a avisar "Estou aqui". Sorria timidamente olhando para o chão, em busca de algo que já havia perdido à muito tempo atrás.
Lá fora o mundo parou e adormeceu. Só ela continua a fazer a terra girar, com o objectivo de, de alguma forma, conseguir chegar até ele. Mas ele está fora do seu alcance, pelo simples facto de ser muito. Muito mais do que ela é. Muito mais...

Sem comentários:

Enviar um comentário