terça-feira, 4 de outubro de 2011

In Fernando Pessoa

Neste tempo morto a passar,
São estes, devaneios do meu ser:
"Quem vive não sabe como pensar,
E quem pensa não sabe como viver."

In Fernando Pessoa como deves saber,
Transportando toda uma essência.
Não é ele fruto do meu querer,
Mas culmina em minha ascendência!

Pois sou poetisa, sou sim senhor,
Ainda que não me ache o ser,
Mas sinto como uma e prevejo a dor,
Como razão para meu lento morrer.

Sou poetisa e escrevo como tal,
Com o verso e a rima eu sei atacar.
Os meus instintos, os de um animal,
Animal - fera, que morde sem pensar.

A minha arma é a rima popular,
E a quadra aqui se apresenta,
Rima cruzada, podes adivinhar,
É ela, fervor que não me esquenta.

Pois neste tempo morto a passar,
São estes, OS devaneios do meu ser:
"Quem vive não sabe como pensar,
E quem pensa não sabe como viver."

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