Eu gosto da luz do sol,
Assim como gosto da lua.
Mas que vida seria a minha,
Sem ter alguma lembrança tua?
Mentira, mentira, mentira.
Eu não sei o que é amar,
Nem qual o seu significado!
Para que serve? Para usar?
Amar a mim passa-me ao lado!
De que me adianta amar,
Amar mesmo por amor,
Se amar não dá para comprar,
E eu não amo a dor?
De que me serve amar,
Se amar não traz prazer,
Bom, de certa forma até dá,
E quê!? Não o quero fazer!
Mentira, mentira, mentira.
Amar não dá para vender,
Amar não dá para adquirir,
Amar só me faz sofrer...
E com vontade de fugir!
Prefiro o prazer carnal,
Ainda que não o queira admitir.
Prefiro ser eu um animal,
Do que amar e ter de mentir.
Amar dói, quer dizer, deve doer!
Amar custa, ou pelo menos deve custar!
Não posso assegurar, não posso garantir,
Mas garanto eu que não hei de amar!
E, se houver de amar, quero-o omitir!
Ó, que sentimento tão cruel!
Porque haveríamos nós de amar,
Como se fossemos de papel?
Papel? Sim, de papel!
Papel pronto a amachucar!
Porque haveria eu de amar,
Se amar só me faz mal!?
Nunca hei eu de te amar!
Queres? Só prazer carnal!
Prazer animal, prazer culpado,
Prazer arrependido, estonteado.
Prazer arrogante, prazer beijado,
Prazer mísero e deveras encantado!
Eu não sei o que é amar,
Nem qual o seu significado!
Para que serve? Para usar?
Para mim digo, e para acabar,
...
Amor, a mim passas-me ao lado!
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