domingo, 27 de junho de 2010

Porcelana Partida*

Sigo os teus pensamentos,
Sei tudo o que há para saber,
Ignoro os teus sentimentos,
Apenas te quero ver morrer.

Sonhas com o teu império,
Uma mera vida decadente.
Eu não guardo mistério,
Invade-me um ódio crescente.

És a minha figura autoritária,
E é por isso que tens de desaparecer,
Quero que uma morte sanguinária,
Te espere, assim que amanhecer.

Mas enquanto isso não acontece,
Quero aproveitar cada momento,
Um amor eterno mas que padece,
Que morre com cada movimento.

És quem me salva a cada instante,
Quem me impede de cavar a sepultura,
Uma guerra fria, quente, inconstante,
E ainda assim a tua maior aventura.

E porquê? Para quê?

Anseio sinceramente acordar,
Pois não posso continuar assim.
O ser em que me estou a tornar,
Precisa, sem dúvida, de um fim.

Não desejo mais respirar,
Não desejo mais viver,
Não desejo mais sonhar,
Se continuar assim a sofrer.

Sou uma porcelana partida,
Daquelas já sem encanto,
É como se estivesse dividida...
Só quero sair deste pranto!!

Sei que me vens socorrer,
E por ti vou então esperar.
Minha vida, meu prazer
Que minha dor vem atenuar!

1 comentário:

  1. Anónimo12/11/2010

    És das minhas escritoras favoritas Mary ;_;
    Adoro-te pequena <3 Pipa*

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